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O programa nuclear que
o Irã vem desenvolvendo, tem o objetivo, segundo o governo, apenas para fins
pacíficos. Porém, as grandes potências como Estados Unidos acusam o Irã de
desenvolver armas nucleares. Desse modo, os EUA se comprometeram a liderar
esforços para que evitar que o Irã domine a produção de energia nuclear. Em
2009, o Presidente Obama pediu ajuda aos chefes de Estado do Brasil e Turquia
para uma mediação. Como a capacidade de produção de urânio do Irã estava
aumentando, o Ocidente pediu uma tonelada do produto para poder enriquecê-lo e
assim certificar-se de que o Irã não teria domínio nuclear. No entanto, os EUA
estavam interessados em impor sanções ao governo iraniano, e foi isso que foi
pedido ao Brasil e Turquia, que lograram êxito em 2010 com a chamada Declaração
de Teerã, na qual o Irã se comprometeu a enviar 1,2 tonelada de urânio ao
ocidente sob sua supervisão. Isso foi muito aplaudido no exterior, visto que
Brasil e Turquia, que estavam sob expectativas negativas e duvidosas,
conseguiram em meses, por meio de árdua diplomacia o que o ocidente não
conseguiu em anos. Entretanto, os EUA
comentaram que o Irã tem uma "carta na manga", pois acreditam que o
acordo foi assinado para ganhar tempo, e também afirmam que o Brasil e Turquia
foram ingênuos por acreditarem no governo de Teerã. Isso gerou um certo
desconforto por parte do governo Lula e Erdogan, pois tiveram investimentos
nesse processo, e sentiram que suas lideranças foram rejeitadas.
O
desentendimento entre Brasília e Washington, fez com que vazasse a carta de
Obama que pedia ao governo brasileiro uma mediação com o Irã. Consequentemente,
em 2010, Brasil e Turquia votaram contra novas sanções ao Irã estabelecidas
pela resolução 1929 no Conselho de Segurança da ONU, e curiosamente resoluções
contra o Irã, nunca tinham recebido tantos votos negativos, como nessa
convenção.
Fonte: BBC Brasil
Aluna Responsável: Viviane Dias