sábado, 3 de setembro de 2016

Os impactos da atual Política Externa da Turquia no xadrez geopolítico

Em 24 de agosto a Turquia iniciou uma operação aérea e terrestre em Jarablus na Síria, no qual localiza-se na fronteira entre os dois países. A Operação designada como Escudo do Eufrates, consiste em combater terroristas na fronteira turca com forma de fortalecer a segurança na Fronteira. Entretanto a operação também atribui outras finalidades tais quais, restringir o movimento migratório, assim como, facilitar a ajuda aos refugiados.
            O presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan ressaltou que o objetivo fundamental da operação é impedir que soldados curdos viabilizem um “corredor curdo” entre a Turquia e Síria. Frisa-se que a população curda luta por autonomia na Turquia, no qual em virtude dessa aspiração é que surgiu o Partido dos trabalhadores do Curdistão (PKK) em que adota atos terroristas em solo turco.
Fonte: Opera Mundi
            Na Síria tem um equivalente ao PKK, a Unidade de Defesa Popular (YPG) composta por curdos sírios. O YPG já dominou quase toda a região no norte da Síria. A respectiva conquista dos curdos sírios no norte da Síria faz com que o governo turco tenha mais preocupações em relação ao curdos na Turquia, uma vez que, esses poderiam ser entusiasmados a impulsionar movimentos separatistas.
            O panorama da atual conjuntura da política externa da Turquia fica mais complexa em virtude das diferenças posições de atores internacionais no que concerne a Síria. Tais posições compreende-se em três relações: primeiramente a Turquia que é associada dos Estados Unidos na OTAN; a Turquia apóia o Exercito Livre da Síria contra YPG e o YPG tem anuência dos Estados Unidos, que por sua vez, também alicerçam o Exercito Livre da Síria.
            Salienta-se que recentemente a Turquia restabeleceu relações com a Rússia, após a derrubada de um caça russo em novembro de 2015, na fronteira com a Síria. No que condiz ao cenário sírio a Rússia apoia o presidente sírio Bashar Al- Assad, no qual mantém hostilidades tanto com o YPG quanto o Exercito livre da Síria, sendo ambos apoiados pelos Estados Unidos.

Aluno Responsável: Brayan Henrique

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